Saturday, January 30, 2010

Guerras no Parlamento

Ultimamente o Parlamento tem-nos oferecido um espectáculo que só me faz lembrar uma história que ouvi contar muitas vezes ao meu pai. Eis a história:
No dia da matança do porco, o pequeno lavrador convocou, como o fazia todos os anos, os filhos e os netos para uma refeição em conjunto. Estavam a sentar-se quando reparou que faltava o vinho. Deu a chave da adega ao filho mais velho e mandou-o ir encher um garrafão. Como se estava a demorar mais do que seria necessário, disse à sua nora para ir ver se era preciso qualquer ajuda. O tempo corria e eles não traziam o vinho. Chamou outro filho e nada se alterou. Em seguida, para lá caminharam todos os filhos e noras. A estes seguiu-se a sua mulher que também não voltou.
Teve que ir ele próprio e deparou-se com o seguinte espetáculo: Todos discutiam e bracejavam em frente à porta da adega onde, num equilibrio instável, um machado ameaçava cair em cima da cabeça de quem entrasse. Acusavam-se mutuamente de lá terem colocado o machado e não se atreviam a entrar.
O pai chega, observa o que se passa, estende o braço, retira o machado,chama-lhes espíritos tacanhos e entrou.
Com tanto que há para fazer neste País, não haverá um deputado que estenda o braço e acabe com questiúnculas que nada resolvem?

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