
Fui passar quinze dias no Maputo.
Muitas notas poderia aqui referir. Realço apenas uma: Há cinquenta anos, quando ali estive, em serviço militar, notei que a percentagem de africanos que falavam o Português era muito reduzida. Agora, os africanos que contactei no Maputo e subúrbios, todos falavam bem o Português. Vi programas culturais e noticiários onde o Português pronunciado podia servir de lição a alguns dos nossos jornalistas.
A explicação para tudo isto parece-me óbvia: O Governo Moçambicano, depois da guerra, apostou decididamente na Educação. Por todo o lado, do Maputo ao Bilene, da Catembe à Ponta Mahon, três vezes por dia, viam-se crianças e mais crianças a entrarem ou a saírem da Escola.
Por este andar, não me admiraria se, daqui por uns anos, o Português padrão se localizasse em Moçambique.

Por este andar, não me admiraria se, daqui por uns anos, o Português padrão se localizasse em Moçambique.